[FP] Joan H. Lancaster

Nome: Joan Lancaster
Como gosta de ser chamado: Joan
Idade: 21 anos
Sexo: feminino

Raça : Humana
Onde vive : Resistência de Phoenix
Trabalho : Ajuda nas Incursões

Cabelos: Castanhos Escuros. Um mix de ondulado e liso.
Cor dos olhos: Castanhos Escuros
Aparência : É bem bonita e tem um sorriso encantador, mas o oculta por trás de feições duras. Tem a pele clara, o que acaba dando uma ótima combinação com seus cabelos escuros e olhos expressivos. Nem muito alta, nem muita baixa, apenas o suficiente para lhe garantir agilidade.
Marcas, tatuagens e afins: Possui um dragão tatuado na parte de baixo das costas e uma rosa vermelha também nas costas, mas perto do ombro esquerdo.

100 PONTOS PARA DIVIDIR:
Bondade: 7
Carisma: 4
Inteligência: 20
Raciocínio: 20
Força: 15
Autocontrole:14
Coragem: 20

Sua história:

Citação :

Joan Hale Lancaster costumava ter uma vida normal em uma pequena cidadezinha da Califórnia. Tinha uma mãe e um pai que a amavam e uma irmãzinha frágil. Então as Almas vieram. Eles eram bons, ela tinha que admitir. Conseguiram enganar 7 bilhões de pessoas, ou quase isso. Os primeiros indícios de que tudo estava mudando chegaram quando ela tinha 14 anos. Ela estava sentada na varanda ouvindo seu Ipod quando o carro parou na porta da frente. Era seu pai, mas ele não estava sozinho. Trouxera consigo alguém que ela nunca havia visto na vida – a pessoa em questão estava vestida de preto da cabeça aos pés. Eles conversaram brevemente e Joan viu seu pai acenar a cabeça e se virar. O homem não fez menção de segui-lo, apenas continuou ali encostado no carro. Alguma coisa estava errado, ela podia pressentir, mas ignorou a sensação quando ouviu a chave virar na porta e os pés do coturno de seu pai baterem no chão de entrada da sala.
— Cadê as minhas princesas? – Joan, que agora estava no alto da escada do segundo andar, o ouviu gritar e começava a pular os degraus. Ainda ignorando a sensação de mau-agouro. Ela chegou na sala e viu Brianna, sua irmã mais nova de 7 anos nos braços do pai e foi quando ele se inclinou de tal maneira para ela que Joan viu. Era quase invisível e por um momento pareceu que ela havia imaginado. Porém a luz clara da sala refletindo o pescoço moreno do Coronel Hector Hale não deixava dúvidas – havia uma fina linha, quase imperceptível, ali. Joan estava prestes a perguntar o que era aquilo, quando seu pai largou a irmã e sorriu para ela ao mesmo tempo em que recomeçava a falar.
— Você não imagina o que eu fiz hoje. Lembra como você sempre me pedia para a gente se mudar daqui e ir para um lugar mais agitado, como Nova York? Bom, estive pensando nisso e resolvi que pode ser uma boa. Pedi demissão hoje. – Joan precisou piscar duas vezes para ter certeza de que havia ouvido corretamente. Impossível. Era simplesmente impossível que seu pai, o Grande Coronel Hale, tivesse pedido demissão. Ele nunca deixaria Phoenix para se mudar para Nova York. Ainda mais para atender aos caprichos de sua filha adolescente. Alguma coisa estava errada. Muito errada e foi bem ali naquela hora que uma lembrança da semana anterior penetrava sua mente. No dia em questão sua melhor amiga Frannie a alertara dizendo que havia alguma coisa muito estranha no mundo a sua volta. Seus pais ultimamente estavam deixando ela fazer o que quiser e sorriam o tempo todo. Ela também dizia que ficava tendo essa sensação de que alguma coisa não estava certa. Joan apenas ria e respondia que ela estava ficando paranóica. No dia seguinte, no entanto, Frannie havia mudado. Estava sorrindo o tempo todo desde então e não fazia mais as piadas sarcásticas e ofensivas que costumava fazer.
Agora a mesma sensação de desconforto atormentava Joan. Ela ignorou, na medida do possível, o que seu pai havia anunciado e olhou em volta.
— Cadê a mamãe? – perguntou, desconfiada. Seu pai apenas a encarou com olhos sinceros e respondeu:
— Ela precisava ir ao hospital, mas já volta. Não se preocupe.
— Não sabia que ela estava de plantão hoje. – Joan comentou. Sua mãe era a médica do hospital local e sempre que tinha de sair avisava as meninas. Não foi o que aconteceu dessa vez. – Quem é o cara que está no carro?
— Que cara? – sua irmã se intrometeu inocentemente. – Vamos ter visitas?
Dessa vez houve uma mudança no rosto sereno do pai, ele agora avaliava a adolescente com olhos cautelosos. Sem que percebesse, Joan pegou o braço de Brianna protetoramente e a trouxe mais para perto de si. E o mais longe possível do Coronel Hale.
— Está se sentindo bem, princesa? Não tem cara nenhum. – Ele sorria, mas seus olhos lhe mandavam um aviso muito claro: cuidado com o que você diz. Isso a assustou. Ela se virou para Brianna e disse autoritariamente:
— Vai para o seu quarto e não saia até que eu diga, está bem? – A menina a encarou confusa e ia abrir a boca para reclamar, mas Joan a cortou. – Agora! – Ela se virou para as escadas quando seu pai a impediu.
— Aonde você pensa que vai Brianna? – E deu um passo na direção da garota. Joan se meteu na frente dele.
— Fique longe dela. – Seu tom estava duro e ela mesma teve dificuldades de reconhecer sua voz.
— Qual é o seu problema Joan? – Sua voz era amável, mas sua expressão estava fria como gelo.
— Quem é você? – Ela devolveu com outra pergunta. – Você não é o meu pai.
Ele começou a balançar a cabeça de um lado para o outro, mas ela viu a diferença presa nos olhos. E era medo. Um aviso. Alguma coisa dentro dele não concordava com o que sua cabeça dizia. E Joan entendeu. Ela se virou e pegou o braço da Brianna e a puxou para longe do cara que costumava ser seu pai. Isso o pegou de surpresa, mas ele se recuperou rápido e agarrou o outro pulso de sua irmã mais nova.
— Deixa ela em paz. – Joan gritou e na mesma hora se arrependeu, pois o estrondo na porta da frente avisava que o cara não estava mais encostado no carro. Pelo menos seu pai desviou a atenção para ele o que deu a garota tempo suficiente para lhe dar um chute e puxar Brianna para a cozinha com apenas um objetivo: a porta dos fundos.
Elas correram até o final da rua até chegarem em um beco sem saída, Joan empurrou sua irmã ali e as duas se agacharam atrás da lata de lixo grande. Brianna chorava, um choro abafado, pois Joan pressionava sua mão na boca da irmã ao mesmo tempo em que tentava segurar as próprias lágrimas. Impedindo-as de cair.

Elas ficaram juntas por dois anos. Movendo de casa em casa, de sótão em sótão para ser mais específica. Elas tiveram que dormir em bueiros, porta malas de carros, casas abandonadas – a lista era grande. Mas depois de tudo que haviam passado a pior de todas as suas lembranças ainda é a maneira como ela perdeu a irmã.
Estavam dormindo no porão da casa de uma das Almas – sem que elas soubessem é claro. E elas evitavam pegar a comida da geladeira para não levantar suspeitas. Também não se alimentavam com freqüência, pois Joan não queria se arriscar mais do que o necessário. E pior, toda vez que partia em busca de comida precisava deixar Brianna sozinha. E ela se detestava por isso. Só que dessa vez não havia jeito ou ela se arriscava por alimento ou as duas morreriam de inanição. Joan estava adiando isso há uns 3 dias – ultimamente os pesadelos de Bri estavam voltando com tudo e ela não conseguia se obrigar a sair, apenas roubando alguns pães e biscoitos na cozinha. Mas as Almas estavam começando a desconfiar o sumiço da comida, então ela faria essa última busca para alimentar Brianna e em seguida iriam se mudar na calada da noite – como sempre faziam.
Agora ela já entendia o que estava acontecendo com o mundo a sua volta. As chamadas Almas, que dominavam os humanos em suas próprias mentes e em seguida passavam a viver suas vidas. Roubando-lhes sua liberdade. Ela se perguntou quanto tempo demorou para que Frannie finalmente entendesse o que estava acontecendo antes de eles pegarem ela também. Ela também queria saber o que havia acontecido com sua mãe, mas não era muito difícil de imaginar. Joan se perguntava todo dia se seu pai estava bem – e se havia alguma esperança de ele retornar para elas.
O supermercado já estava fechado e não parecia haver ninguém por perto e ela agradeceu internamente por isso. O grande problema seria arrombar sem levantar suspeitas. Ela rodeou o prédio apenas para constatar que tudo estava fechado. Tudo menos a janela da parte de trás do segundo andar e ela pressionou os olhos tentando pensar em uma maneira de chegar até ali em cima. Talvez conseguisse subir a árvore e depois teria de se arriscar a dar um pulo certeiro e se agarrar no parapeito. Ela balançou a cabeça, nunca conseguiria. Encarou a árvore e a janela por um momento e decidiu que precisava tentar e foi nessa hora que um carro de polícia passou zunindo pela rua. Joan pressionou suas costas contra árvore, escondendo seu corpo magro ainda que naquele momento a noite estivesse tão calma quanto estava até uns minutos atrás.
Então ela se deu conta de que o carro estava descendo a rua na exata direção em que ficava a casa onde ela e a irmã estavam ficando. Xingando mentalmente ela saiu de trás da árvore e começou a correr de volta sem ligar se alguém poderia vê-la. Rezando para que as Almas estúpidas não tivessem encontrado Brianna no porão. Seria uma injustiça, ela estava dormindo. Eles não tocariam numa criança indefesa se ela estivesse dormindo não é? Seu coração batia acelerado acompanhando seus passos no chão e as lágrimas caiam livremente. É claro que tocariam, ela constatou. Seu pai queria pegá-la no dia em que pegaram ele. Se não fosse por Joan... Ela balançou a cabeça com força espantando os pensamentos e acelerou a corrida.
Não estava muito longe quando conseguiu ver as luzes do carro de polícia em frente a porta da casa. Ela diminuiu o passo drasticamente até parar. Se escondeu nas moitas da casa vizinha, mantendo-se invisível. Brianna estava debatendo-se das mãos do homem alto que a arrastava até o carro.
— Não. – foi tudo o que disse. Ela não conseguiu forçar a si mesma a chegar mais perto. Mesmo ouvindo os gritos de sua irmã. E ela gritava apenas uma palavra. Ela chamava por Joan. E chorava, chorava tanto. E mesmo assim Joan não conseguiu se forçar a sair da segurança da sua moita. Não que não quisesse. Queria. Muito, mas estava em choque. Seu corpo parecia pesado demais e tudo girava a sua volta. As cenas decorriam-se na frente dos seus olhos em câmera lenta como se seu cérebro quisesse registrar cada detalhe. Ela assistiu enquanto eles colocavam a garota no carro e viu ela socando o vidro enquanto eles voltavam para o lugar de onde haviam vindo. E Joan continuou ali sem fazer nada. Sem se mexer. Ainda estava invisível e naquela noite ela se encolheu e chorou. Chorou até que as lágrimas se recusaram a sair. E por dentro, ela continuou chorando. Sofrendo. E acima de tudo, se culpando por tudo que aconteceu a sua irmãzinha mais nova.

Ela se juntou a Resistência de Phoenix com 21 anos, há apenas três meses para ser mais exato. E desde então vem sido cautelosa, é boa nas incursões por ter tido experiência antes de chegar até a Resistência. É muito reservada acima de tudo, não fala mais do que o necessário com as pessoas e se mantém distante de todos o máximo que pode. Muito inteligente, sabe exatamente o que se deve fazer em uma situação de desespero. É muito amargurada com si mesma e fria demais. É impulsiva, mas vem trabalhando nisso devido as atuais circunstâncias. É muito corajosa e mesmo não sendo próxima de ninguém se arriscaria por todos ali dentro – pois querendo ou não são a sua família agora e se há uma coisa que aprendeu com tudo o que passou é que a família é o bem mais importante que uma pessoa pode ter.

Off: Ficou muito grande né? Mas eu não queria cortar a história dela ): E eu fiz em terceira pessoa, espero que não tenha problema.

Photoplayer (Ator, atriz, cantor... o que representa seu personagem no jogo, colocar nome e foto):